09/06/13

Em análise



                                                    Leio-me amiúde,
nem sempre me agrada a leitura
que de mim faço
e, na falta de alaúde,
retiro-me letras,
suprimo-me expressões,
acrescento-me interrogações.
E releio o parágrafo do dia,
na folha já reciclada,
que reclama ser melhorada.
Aliso-a,
preencho-a de imagens,
multicores, abstratas,
plurais e ambíguas,
difíceis de decifrar
em dias normais,
de cansaços matinais,
de forças exíguas.

maria eduarda

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