Leio-me amiúde,
nem sempre me
agrada a leitura
que de mim faço
e, na falta de
alaúde,
retiro-me
letras,
suprimo-me
expressões,
acrescento-me
interrogações.
E releio o
parágrafo do dia,
na folha já
reciclada,
que reclama ser
melhorada.
Aliso-a,
preencho-a de
imagens,
multicores,
abstratas,
plurais e
ambíguas,
difíceis de
decifrar
em dias normais,
de cansaços
matinais,
de forças
exíguas.
maria eduarda
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